A inteligência artificial vai mesmo criar mais empregos?
Esclarecemos a dúvida que mais assombra os trabalhadores de hoje e do futuro.
Quando se fala de avanços tecnológicos, inteligência artificial e robótica, muitas pessoas ficam apreensivas, com medo, inseguras e sem saber de fato quando virá e como será essa onda de mudança.
A principal dúvida é quais serão as atividades de trabalho do futuro e como serão desenvolvidas. Porém, uma coisa que podemos antecipar é que essa mudança será gradual e não ocorrerá como nos filmes, em que humanos ficam em guerra contra robôs.
Devemos nos lembrara de que sempre tivemos avanços tecnológicos no mundo e de que se não fossem esses avanços, muitas profissões que temos hoje não existiriam.
Conforme explica Laurent Alexandre, especialista no tema sociedades do futuro, esse fenômeno de transição tecnológica não é novo: “Quando os ferreiros desapareceram progressivamente com a chegada dos carros, há cem anos, as pessoas não imaginavam que no século XXI criaríamos empregos de programadores de informática, cinegrafistas para a televisão, pilotos de aviões, cirurgiões, fabricantes de microprocessadores. Hoje vemos com inquietação os empregos que vão desaparecer, e não vemos ainda a incrível quantidade de profissões que vão aparecer nos próximos cem anos. Na realidade, vamos criar mais empregos do que a inteligência artificial vai destruir ao longo do século XXI. Não devemos nos inquietar por nossos filhos, eles terão trabalho, por séculos e séculos”.
Um exemplo atual do uso da inteligência artificial é a criação de um perfume. Juntamente com a IBM e a Symrise, o Grupo Boticário desenvolveu duas versões de perfumes com base em dados referentes a fórmulas, ingredientes, história da perfumaria e taxas de aceitação do consumidor. Com a precisão e capacidade de processamento que só um cérebro artificial pode ter, esse sistema buscou e cruzou os dados que mais se aproximavam do que o cliente esperava, e assim nasceram as novas fragrâncias, que serão divulgadas no ano que vem.
Segundo um estudo divulgado no Fórum Econômico Mundial em Tianjin, na China, os avanços tecnológicos e robóticos criarão 58 milhões de novos empregos até 2025. Os empregos do futuro modificados por essa onda tecnológica afetarão cargos como os de gerência e diretoria, pois os robôs e inteligências artificiais demandarão grandes contingentes de operadores, por exemplo, pessoas que olhem fotos e informem qual é o conteúdo da imagem para alimentar os sistemas.
O que se conclui disso é que teremos novas funções, que o trabalho não acabará, que nossos filhos e netos terão sustento e que os profissionais da atualidade devem estar em constante aperfeiçoamento e atualização.
Comente aqui embaixo o que você pensa dessa nova onda de avanços tecnológicos. Queremos saber sua opinião